Bem-vindos ao ano de 2024, onde ainda estamos tentando entender o que significa ser adulto. Eu, com meus gloriosos 42 anos, ainda me pego comemorando internamente quando faço algo que considero “muito adulto”. Pagar as contas em dia? Check. Beber whisky com aqueles cubos de gelo gigantes? Duplo check. Mas nada me preparou para a montanha-russa emocional que estava prestes a enfrentar.

O Começo Inocente: Apenas Mais uma Sessão Online

Tudo começou com sessões de terapia online. Eu, um paciente tentando entender os mistérios da vida, e ela, uma psicóloga com olhos claros e um senso de humor que rivalizava com o meu. As sessões começaram normais, mas logo se estenderam além dos 50 minutos regulamentares, às vezes durando duas horas. Falávamos de tudo: da adolescência, de programas de TV antigos, e do misterioso “dono da cadeira” (o marido dela, que eu nunca vi pessoalmente).

Quando as Coisas Começaram a Mudar

Um dia, ela cancelou uma sessão de última hora. Preocupado, perguntei se estava tudo bem. A resposta? “Não está nada bem, Rafa.” Rafa? Desde quando ela me chamava de Rafa? Foi o primeiro sinal de que as coisas estavam mudando.

A Transição para o Mundo Real

As sessões passaram a ser presenciais. De repente, aqueles olhos que eu achava que eram castanhos claros revelaram-se verdes como uma placa de “EXIT” em um cassino. O consultório era pequeno, e cada movimento parecia carregado de tensão.

O Ponto de Virada

Um dia, durante uma sessão, confessei que estava pensando demais em uma moça. Quando ela perguntou quem era, respondi: “Minha atual terapeuta.” O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Tivemos uma longa conversa sobre ética profissional, mas de uma forma descontraída e sábia. Estava claro que estávamos prestes a cometer um erro juntos.

O Almoço que Mudou Tudo

Ela sugeriu um almoço no sábado. Meu cérebro imediatamente criou um cenário trágico onde o marido aparecia e me dava uma machadada na cabeça. Mas, ignorando meu bom senso (e o Getúlio, meu superego), aceitei.

Almoçamos, rimos, bebemos chope, e finalmente, nos beijamos. Ali, em público, com várias pessoas provavelmente julgando o que aquela mulher linda estava fazendo com esse gordinho (ei, sou foda, tá?).

As Consequências

Depois desse dia, nos encontramos mais algumas vezes. Mas então, como num passe de mágica digno de David Copperfield, ela sumiu. Desapareceu completamente. Fiquei me perguntando se as sessões de terapia faziam parte do tratamento e eu não tinha pagado, ou se pagar configuraria prostituição. Questões para outro dia, talvez?

Reflexões Finais

Esta experiência me fez questionar muitas coisas:

  1. A ética na psicologia: Quais são os limites reais entre terapeuta e paciente?
  2. A monogamia: Por que é tão rara no reino animal, mas tão esperada de nós, humanos?
  3. A vida adulta: Será que algum dia saberemos realmente o que estamos fazendo?

Olhando para trás, percebo que meu único erro real foi ter dado vazão a algo com uma profissional que estava ali para cuidar da minha mente. Mas hey, pelo menos agora tenho uma história e tanto para contar, não é?

Conclusão: Lições Aprendidas (Ou Não)
  1. Se seu terapeuta começa a te chamar de apelidos carinhosos, talvez seja hora de procurar um novo profissional.
  2. Beijos terapêuticos definitivamente não estão cobertos pelo plano de saúde.
  3. Às vezes, a melhor terapia é aprender a rir de si mesmo e das loucuras da vida.

E você, já viveu alguma situação eticamente questionável que te fez questionar tudo o que você achava que sabia sobre ser adulto? Compartilhe nos comentários, mas por favor, use nomes fictícios. Nunca se sabe quando o “dono da cadeira” pode estar lendo!

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